quinta-feira, 16 de julho de 2009

Na flor da idade

Ana de outrora cheia de risinhos inocentes de olhares carentes se via em fases uma face madura e impermeável saboreava-se em si uma calma de dias tristes e fluviosos todos aqueles que podiam com sua permissão participar de sua vida de dias sonolentos. A paz que aparentemente a cercava era o plano de fundo cristalino que não a negava de ter várias portas abertas, mesmo que não fosse verdade pura essa tal calmaria a levava assim mesmo em frente como se levando algo sem caminho algum de retorno tentando pensar não ter nenhuma outra opção; a verdade.
Com olhos nus para a percepção de triplas camadas andava sobre alto em ruelas desconhecidas por onde nunca havia pensando em passar, talvez fosse o ar de arquitetura grande demais sobre seus olhos desamparados a vista do nunca visto e agora perfurado com seus sentidos fortes e olhares cobertos de curiosidade. Alguns passos à frente, olhar atento sem exalar nenhum sentimento que se destaque, apesar de uma cara meio pálida, o ressentir de pesares na fase um pouco cansada, porém natural quando chegou a finalizar mais um quarteirão e as nuvens se fecharam tanto quanto sua duvida de que aqui onde estava não era tão desconhecido, todos aqueles montes industriais amontoado sobre sua cabeça um dia houve de lhe sufocar os pensamentos e paz tanto quanto agora. A vista um grande calçadão de onde fez parte e cumprimentou em passos pequenos que eram ao mesmo tempo flutuantes entre a multidão que se perdia e se achava nela mesma em diversas vezes me fazendo dançar com ela e debruçar em diversos olhos ardentes, tarados ou até carentes que me davam ou simplesmente trocavam na espera de uma resposta que esperavam andando devagarzinho de uma forma despercebida onde de alguma forma o olhar de resposta lhes mudara o dia, aumentara o ego ou será mais um daqueles “olhares de resposta” ocultados em sua vida de tantos e tantos outros dias.
Me pego a lembrar tão bem daquele lugar e daquelas pessoas, daquele cheiro color e insubstituível sentir de imensidão comprensada a pouco menos do que se precisa para respirar com tantos olhares tirando-lhe casquinha de sua essência adora-se com o tempo a exalar charme e simpatia para as pessoas com a intuição de que de nós tenham inveja e tentem nos imitar ou somente para outro bem maior, o nosso; onde possamos estar de bem com nós mesmos e confiantes assim. Cria-se antipatia com o tempo por tudo aquilo, tanto quanto amor, que se escondeu quando fui embora e por dinheiro nem circunstancia alguma quis voltar.

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